O Buraco das Araras é uma enorme depressão que os geólogos chamam de dolina.

Outros tipos de “profissionais”, os do furto e roubo, chamavam de depósito de tesouros e também de solução, quando obrigavam seus inimigos a passearem de olhos vendados em torno do precipício de 80 metros de altura.

 

Selvino Jacques, biografado no livro O Último dos Bandoleiros (Brígido Ibanhes, Editora Alvorada, 1986), teria iniciado essa macabra tradição lá pelos nos anos de 1930. Ainda estão no fundo do Buraco das Araras, sob o lago esverdeado e ocultos pela vegetação, uma moto e uma Brasília, corroborando as histórias.

 

Estão lá também as araras que batizaram o buraco, umas sessenta, confirmando a explicação científica de que é o sal sedimentado nas paredes da dolina que atraem as aves, pois elas o ingerem como alimento.